Durante a madrugada deste domingo (07/09), a Rússia realizou o maior ataque contra a capital da Ucrânia desde o início da invasão em 2022. De acordo com autoridades ucranianas, Moscou lançou mais de 800 drones e mísseis, deixando três mortos e 18 feridos.
Entre as vítimas fatais estão uma mãe e seu bebê de apenas três meses, encontrados sob os escombros pelas equipes de resgate, segundo o chefe da administração municipal de Kiev, Tymur Tkachenko.
O porta-voz da Força Aérea da Ucrânia, Yuriy Ihnat, afirmou à agência Associated Press que este “foi o maior ataque russo com drones desde o início da guerra”.
Os bombardeios provocaram um incêndio no último andar de um edifício administrativo no distrito de Pechersk, área que abriga órgãos governamentais e gabinetes de ministros. Até então, a Rússia havia evitado atingir diretamente prédios governamentais no centro da capital.
Além disso, destroços de drones russos atingiram edifícios residenciais de quatro andares nos distritos de Sviatoshynskyi e Darnytskyi, informou o prefeito de Kiev, Vytaly Klitschko.
Defesa ucraniana conseguiu abater maioria dos drones
Apesar da ofensiva em larga escala, a Força Aérea da Ucrânia anunciou ter conseguido abater 747 drones e quatro mísseis. Ainda assim, nove mísseis atingiram alvos e 56 ataques foram registrados em 37 localidades pelo país.
Este foi o segundo ataque massivo em menos de duas semanas contra Kiev, em um momento em que diminuem as perspectivas de conversações de paz.
Contexto político
O ataque aconteceu logo após líderes europeus pressionarem o presidente russo, Vladimir Putin, para negociar o fim do conflito. Vinte e seis aliados da Ucrânia chegaram a propor o envio de tropas como “força de segurança” ao território ucraniano após o término da guerra.
No sábado (6), o presidente Volodymyr Zelensky rejeitou a proposta de um encontro presencial em Moscou. Ele afirmou que Putin “pode ir a Kiev” caso realmente queira construir pontes e negociar a paz.
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