A nova ponte sobre o Rio Curuçá, localizada no quilômetro 23 da BR-319, foi liberada para o tráfego de veículos na manhã desta segunda-feira (29/09), exatamente três anos e um dia após o desabamento da antiga estrutura, que causou a morte de cinco pessoas e deixou mais de 10 feridos.
Sem cerimônia ou presença de autoridades, a liberação ocorreu por volta das 10h, quando funcionários do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) removeram os cones que bloqueavam os acessos. Motoristas e motociclistas, que há anos enfrentavam dificuldades na travessia, finalmente puderam utilizar a nova estrutura.
A ponte tem 150 metros de extensão, duas faixas de tráfego, acostamento e uma passarela lateral sinalizada para pedestres. A obra custou R$ 28,4 milhões e enfrentou diversos desafios de engenharia, como a variação no nível do rio e a manutenção do tráfego durante a construção, que exigiu a criação de um acesso alternativo com aterro e balsa.
O colapso da antiga ponte, ocorrido em 28 de setembro de 2022, chocou o país. Carros foram arremessados ao rio, e uma estrutura provisória precisou ser rapidamente montada para garantir o tráfego na única ligação terrestre entre o Amazonas e o restante do país, via Rondônia. Desde 2021, o DNIT já havia identificado riscos estruturais no local, além de outro ponto crítico na mesma rodovia.
Apesar da liberação para o tráfego, uma cerimônia oficial de inauguração está prevista para ocorrer em outubro, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro dos Transportes, Renan Filho.
Enquanto isso, a reconstrução da ponte sobre o Rio Autaz Mirim, que também desabou dias após o acidente no Curuçá, segue em andamento no quilômetro 25 da BR-319. A entrega está prevista para o início de 2026, segundo informações do DNIT.
A nova estrutura representa um marco importante para a mobilidade na região e para a segurança dos motoristas que dependem diariamente da BR-319.
Foto: Divulgação DNIT