A Universidade do Estado do Amazonas (UEA), por meio do Laboratório de Pesquisa e Práticas de Ensino Musical (Lapem), deu início nesta segunda-feira (29/09) aos ensaios do Projeto de Extensão Banda de Música 60+, realizado na Escola Superior de Artes e Turismo (Esat). A iniciativa, inédita no Brasil, oferece aulas gratuitas de música voltadas exclusivamente para pessoas da terceira idade no Amazonas, unindo aprendizado, convivência e inclusão social.
Com mais de 40 participantes inscritos, as atividades acontecem duas vezes por semana e foram estruturadas de forma acessível, sem exigir conhecimento musical prévio. O programa combina teoria musical e prática instrumental, permitindo que cada participante desenvolva novas habilidades, fortaleça a autoestima e viva a experiência de aprender música em grupo. O objetivo central é promover bem-estar, socialização e qualidade de vida para pessoas com 60 anos ou mais.

De acordo com o coordenador do projeto, Prof. Dr. Fabio Carmo, a proposta atende a um desejo antigo de muitos alunos, que encontram na música a oportunidade de realizar sonhos adiados ao longo da vida.
“A música não tem idade. Ela conecta, emociona e dá novo significado à vida dos alunos”, afirma o professor.
A cada ensaio, os participantes têm contato com diferentes instrumentos musicais, como flauta, clarinete, saxofone, trompete, trombone, tuba e percussão. O aprendizado vai além da técnica: envolve disciplina, concentração e, principalmente, o prazer da convivência coletiva por meio da prática musical.
O impacto social do projeto se soma à sua relevância acadêmica. A Banda de Música 60+ também funciona como campo de estágio e capacitação para estudantes do curso de Música da UEA, que atuam como monitores. Sob a supervisão de docentes qualificados, os acadêmicos têm a oportunidade de aplicar na prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula, ao mesmo tempo em que colaboram para a transformação de vidas por meio da arte.
Assim, o projeto se consolida não apenas como um espaço de formação artística, mas também como um ambiente de troca geracional, no qual alunos da universidade e integrantes da terceira idade compartilham experiências, histórias e aprendizados, reforçando o papel da música como instrumento de cidadania, integração e saúde emocional.
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